27 de abr. de 2010

THE SKY CRAWLERS: Fasten Seat Belts!

Tudo bem, vai?

Na superfície, trata-se de mais uma história de guerra, bem daquelas do tipo "VOULÁS ...X... VAITEMBORAS".

Mas, quando se trata de um animê, as coisas, literalmente, mudam de figura.

 A argumentação, nessa obra-prima, está bem próxima do impecável.

Num Japão estanhamente ambíguo, bizarramente ultra-master norte-americanizado (como o Japão o é, no hoje, mas nesse filme aqui, ele se encontra em uma escala potencializada por umas 50X...) meninotes e moçinhas -ainda impúberes- são pilotos de elegantes e mortíferos caças.

 As aeronaves monopostos atendem pelo codinome Samka Mk. B, propelidos graças à um poderoso motor radial, queimando pura gasolina, conectado à enormes e clássicas hélices tripás duplas, contra-rotativas, evidentemente baseado no Shinden, onde cabe um Wikipedia providencial:

The Kyūshū J7W1 Shinden (震電, "Magnificent Lightning") fighter was a World War II Japanese propeller-driven aircraft prototype that was built in a canard design. The wings were attached to the tail section and stabilizers were on the front. The propeller was also in the rear, in a pusher configuration. It was expected to be a highly maneuverable interceptor, but only two were finished before the end of war. Plans were also drawn up for a jet-powered version (J7W2 Shinden-Kai),[2] but this never left the drawing board. The J designation was used by land based fighters of the Imperial Japanese Navy and the W is for Watanabe, the company awarded the contract (though the factory changed its name in 1943 to Kyūshū).

Achou esta pequena descrição anterior meio que, digamos "nerd"?

Então, afivele-se aí nos teus cintos de seguranca, bobinho...
 A história nos conta das rotinas de um restrito grupo de jovens adolescentes, em úmero suficiente para a formação de uma feroz e implacável patrulha aérea de quatro caças a helice.
São áses recém-contratados e pinçados sistematicamente pela "Companhia", ainda contando apenas com seus treinamentos prévios de vôo dos quais, enfim, chegam às instalações da "Base" relativamente distante do vilarejo mais próximo, este, eventualmente, servindo como um lugar para as folgas ocasionais, já que os pilotos são todos "estrangeiros" em sua propria terra.
A Base, trata-se de um misto de escritórios e posto bélico avançado da Companhia, contando com o Aeródromo em sí, os Hangares com Brigadas de Incendio e Salvatagem, as Oficinas, estas, comandadas por uma curiosa mulher mecãnica (de cabelos brancos, a única "idosa" do filme e a que reúne toda a história pregressa, tanto do lugar, quanto do empreendimento).
Além dos Dormitórios de amplos quartos equipados com Beliches, Chuveiros, um Refeitório-Cantina de uso comum e um Salão de Jogos, com a indefectível mesa de snooker e o alvo de dardos à parede, como se lembrando que a pontaría, é o pré-requisito fundamental e motivo maior de todos estarem alí, reunidos.
Os recém-chegados, juntam-se sem muitas mesuras aos Veteranos, estes, igualmente jovens e estranhamente quietos, para suas primeiras missões, onde os diálogos paralelos vão se sucedendo e te envolvendo no desenrolar da trama num crescendo, graças às inserções de lembranças poderosas as quais, à princípio, parecem não fazer muito sentido, como costumam ser, aliás, as lembranças.
Os Novatos, chamados de "Kildrens", rapidamente tomam conhecimento das atitudes e da forte personalidade de sua Jovem Comandante, igualmente, uma piloto como todos eles, com a diferença que ela esconde um segredo inconcebível, além de contar com várias milhagens adicionais e muitas vitórias acumuladas em seu extenso -e letal- curriculum, sem contar a sua pistola 9mm, sempre semi-engatilhada no coldre.
A MISSÃO:  Enfrentar o inimigo aéreo, cada vez mais próximo, no caso, à bordo de potentes aviões pilotados por seus contra-atacantes,  àses igualmente corajosos e armados, isto, quando não tem pela frente o enfrentamento da esquadra completa da Companhia "concorrente", rugindo ferozmente acima de suas cabeças.
Dentre esses pilotos inimigos, um misterioso às é o líder mortal da esquadra em seu velocíssimo caça reluzente, com os Kildrens ouvindo a lenda recorrente que se trata de um Adulto, sendo raramente identificado com a insíginia de um Jaguar Negro na fuselagem, eles mesmos, funcionários exatamente como aqueles que estão à combater até a morte, um pouco no estilo "antes ele, do que eu", no dilema enfrentado pelos pilotos recém-adolescentes.
Essas duas companhias rivais, aparentemente, defendem do ar os territórios físicos e os negócios bilionários em terra, contratados por terceiros (uma metáfora da Guerra do Futuro?), com direito à logomarcas distintas, equipamentos com patentes exclusivas, designs, configurações próprias e, muito provavelmente, uma "Missão da Empresa" bastante particular, a qual faria corar muita multinacional moderna.
Afinal de contas, deter a supremacia tecnológica no ar, em termos bélicos, somado à bons combatentes e pessoal de terra absolutamente confiável, também conta numa desejável vitória ou conquista.
Algumas das ameaças aéreas, são pré-identificadas e detectadas à tempo, graças um poderoso sistema de radares terrestres, que coloca a esquadra atacada dos Kildrens em alerta máximo, prontamente decolando ao soar dos alarmes na Base.
Kildrens, Kildrens...

Mais ambiguidade, com pitadas de androginia?

Impossível...

Tratam-se exatamante da junção de Kids, com Childrens...
Algumas vezes, um Bombardeiro inimigo atravessa o dossel de antenas rastreadoras e consegue invadir as áreas geográficas próximas, cujas batalhas destrutivas e contra-ataques aéreos, épicos e definitivos, são acompanhadas pela população em terra .
Esta população, aparentemente, segue sua vida diaria em rotinas, sem nutrir muito interesse nos feitos aereos, quase que não fazendo muito sentido, se uma ou outra campanhia vencer, tudo assistido em tempo real, com imagens diretas dos céus da batalha, através dos noticiários das TV´s locais.
Da animação, ressalta-se a quase inacreditável resolução da tela e os enquadramentos da imagens, praticamente, com uma camera montada no cockpit do piloto, como aliás, várias dessas cameras reais à bordo, documentaram os mergulhos de ataque, metralha e bombardeamento dos caças durante os conflitos aéreos da Segunda Guerra Mundial, desde sempre, um tema e tanto.
Incluindo nas variadas sequencias mortíferas, o espatifar do inimigo em fuga desesperada adiante, retalhado em jatos infindaveis de balas tracejantes cujos rastros de luz, não deixavam dúvidas do imenso poderío de fogo à bordo das potentes metralhadoras gêmeas .50mm, instaladas nas asas e capazes de perfurarem facilmente um oponente, nao importando o seu tamanho, escala, armamento a bordo ou sua velocidade (ou tentativa...) de escape.
Morrer, para os Kildrens de The Sky Crawlers, é absolutamente natural.

Mais do que isso, é previsível.
Ossos do ofício, trata-se apenas de uma eventual consequencia de uma missão,  em muito similar à ética dos Kamikazes e seus Mitsubishis A6-M Zero da 2a. Guerra Mundial, tendo o gigantesco Oceano Pacífico como teatro de operações, voando com gasolina o bastante em seus tanques enormes, para que jamais retornassem aos Porta-Aviões de onde os pilotos decolaram, detalhe que evitaría o surgimento de pilotos em dúvidas, já que a opção de escolha, era, exatamente uma unica:
Nenhuma.
Na Guerra Aérea Japonesa, a guerra real, o Imperador-Deus e a Pátria, eram os reverenciados.

Neste The Sky Crawlers, o Comandante e a Companhia, é que são os reais considerados.
Os personagens, até mesmo o simpático dono do Pub no Vilarejo, são surpreendentemente introspectivos.

Os Kildrens, fumam adoidado, praticamente acendendo o próximo cigarro na ponta da bituca recém fumada até o filtro, não sem antes,  ser descartada no piso, discretamente pisoteada e apagada com um giro do coturno, extinguindo-a.

Alias, exatamente como e a vida.
Os pilotos, por vezes, elaboram perguntas desconcertantes, seguidas por questionamentos implacáveis.

Descobrem, por vontade ou por acaso ou são expostos à segredos íntimos devastadores ...

Se vêem calmamente apaixonados por outrem, em amores dos quais, senão impossíveis, com certeza absoluta, impraticáveis no contexto em que sobre-vivem.
Aparentemente, nada temem, nem à ninguém (exceto, talvez, à rígida hierarquia e sua missão fundamentalista) pois, sabendo-se de seu Destino previamente, o que há, de fato, para se temer?

Os Cíclopes, eram homens comuns, até terem se tornado criaturas reclusas, taciturnas e introspectivas, por que deram um de seus próprios olhos para obterem, em troca, a informação capital da existência, de resto, negada à qualquer vivente, desde sempre:

O dia e a hora exatas de suas mortes.
Assistindo ao eletrizante filme de 120 minutos (que se parecem 180!), tenho até um pouco de dó, desses moleques do hoje, que vão definir um The Sky Crawlers, no mínimo, como "sonolento demais, tío..."

Mas esse filme, defintivamente, não é destinado aos moleques.
 De fato, não é nem mesmo um filme para todos os adultos.

Ao menos, não, na grande maioria dos quais conheço, incluindo a sua sinsitra trilha sonora.

Sem contar as sutilezas de suas sub-narrativas, desarmando o mais feroz dos críticos insensíveis.
E olhe que assisti a este filme, por puro acaso...
... trocando de canais na TV a cabo e dando de cara com um tal "CAIRN" impresso no capacete de um óbvio piloto de guerra clássico, máscaras de oxigenio incluidas, em plena grade vespertina do calendaario de atracoes do canal Home Box Office (HBO).
Por varios instantes, achei até que, o que eu estava assistindo, era um filme em pelicula de 70mm!

Meu queixo caiu no chao, quando percebi que era um magnífico, raro e desconcertante "desenho animado".
The Sky Crawlers, de Hiroshi Mori, é cinema grandioso -dos bons- descrito com "c" maiúsculo.
No desfecho absolutamente espetacular, a satisfação quase agonizante de entretenimento entregue em estado puro, garantido por uma altíssima carga emocional de memórias, humanidades e dúvidas.

E, espero, uma possível continuidade da franquia, já que o título é uma clássica série de quadrinhos em animê que andou sendo publicada por anos seguidos no Japao.
Um filme que, quando acaba na subida dos muitos e numerosos créditos na tela, ja te deixa num absoluto silencio.

O horror, o horror, para todos nós, os pobres, os semi-infantilizados e os barulhentos Latinos-Americanos.
Prá quem não entender nada nem coisa alguma deste filme, sem maiores preocupações adicionais, por favor:



Tem sempre alguma merda, novinha, vaporosa e fresquinha em cartaz em algum Near Movie Theater!

Com aquela carga massiva destes pseudo-atores , tais como um abobalhado Ben Affleck ...

... um repetitivo Adam Sendler ...

... e um fraquíssimo Ben Stiller, todos te esperando às bilheterias e nos assentos, um verdadeiro chute no meio das bolas, prá quem ainda pensa, ainda que em doses mínimas...

Leve também um rolo dse  papel higiênico e aproveita prá atender o telefone celular ultimo tipo, bem no meio da narrativa do filme, dentro da sala escura.

Ou então, acorde para o seu tempo disponivel cada vez mais raro e in/disponivel de entretenimento pessoal e consuma -ou tente consumir- o que há de melhor, mas afeito só prá quem conseguiu cultivar o seu próprio senso crítico, em estado mínimo.



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14 de abr. de 2010

KOMBINATIONWAGEN: 60 ANOS!


Neste 2010, a Kombi, nascida "KOMBINATIONWAGEN" (algo como "carro combinado" em, é lógico, inglês, traduzido do alemão) faz 60 anos e a Volkswagen do Brasil Ltda. preparou um concurso, chamado, é lógico, de "KOMBI, 60 ANOS DE BRASIL".

Adorei a oportunidade em poder contar uma história verídica, que passei dentro de uma Kombi, passeando à beira mar, numa tardinha gelada de Outono.

Á bordo, a menina, a vizinha da casa de praia, que me convidou para este passeio e, lá na frente da Kombi, dentro daquele verdadeiro salão-de-visitas com rodas, os pais da menina, vizinha da casa de praia que me convidou para estar com ela, passeando à beira mar, numa tardinha gelada de Outono.

Com essa minha história, vou ganhar uma Kombi 0km ano 2010, na cor branco sólido, com acessórios, no valor de R$5O.OOO,OO!

Acharei M-U-I-T-O divertídissimo recebê-la bem lá na frente da garagem de minha casa, ainda em obras, mas... mesmo achando o veículo muito peculiar...

...creio que a passarei nos cobres, pois preciso me mudar logo, justamente, para essa casa ainda em obras, onde a VW vai me entregar essa Kombosa... ;)

O resultado da "minha premiação" (Hehehehe... Torcer, é de grátis!) sairá no próximo dia 20/MAIO. Estou na expectativa, miúdinha, mas estou sim!

(Será que consigo trocá-la em um VW NewBeetle Verde Claro? Eu é que não fico bem numa Kombinationwagen, apesar de ter ouvido de uma mulher, a tempos, que eu "fico bem em qualquer carro"... Inclusive Camburões, Ambulâncias e Rabecões, Dona Moça?)

Mas, como minha narrativa foi meio que, digamos, juvenil, quem hoje em dia, ligaria prá amores e prás dores, de um menino contando seus 10 ou 11 anos, em um tema de concurso desse calibre?

Pelo menos, me diverti muito me lembrando da história da menina filha de um casal de portugueses, donos de padaria e que moravam em São Bernardo do Campo, a cidade colada à SP e que eu só sabia de sua existencia, por causa da própria Volkswagen "do Brasil".

CURIOSIDADES DA VW KOMBI:

  • 1. Em 2 de setembro de 1957, a Kombi era lançada no Brasil. Antes dela, só eram fabricados no país DKW Vemaguet, Ford F-100 e Jeep Willys.
  • 2. Já era vendida no Brasil em 1950 pela Brasmotor, apenas montada no Brasil. Moderníssima, havia estreado na Alemanha em 8 de março de 1949.
  • 3. Em 1957, seu índice de nacionalização era de 50%, quando a lei exigia 40% para ser um veículo brasileiro. Em 1961, o índice era 95%.
  • 4. É o único modelo nacional que ainda possui quebra- vento, maçanetas de gatilho, pára-choque de metal e câmbio manual de quatro marchas.
  • 5. Último nacional com carburador, ganhou injeção eletrônica em 1997 devido à legislação ambiental. Foi o último veículo do mundo a sair de linha com motor a ar, em 23 de dezembro de 2006.
  • 6. Refrigeração a água não é coisa nova na Kombi, que ganhou a tecnologia na versão a diesel, produzida entre 1981 e 1985.
  • 7. A versão se tornou um fracasso devido principalmente a problemas de refrigeração. Alguns donos descobriram que, usando mais etilenoglicol no líquido de arrefecimento, ela não dava problemas.
  • 8. No mundo, ela teve cinco gerações. O Brasil fabrica a segunda, aposentada na Alemanha em 1979.
  • 9. Em 1976, ganhou nova dianteira na carroceria antiga. O restante só mudou em 1997.
  • 10. No projeto, passageiros e carga ficam ou sobre ou entre os eixos. Esse conceito só mudou em 1989 com a quarta geração, com motor dianteiro.
  • 11. Nos anos 60, uma propaganda brasileira dizia que ela podia levar até 12 pessoas - três a mais que a capacidade homologada. Oficialmente, 12 pessoas só puderam se sentar na versão Lotação de 1999, com quatro fileiras de bancos.
  • 12. A primeira Kombi nacional podia carregar 810 quilos. Com as melhorias de motor, desde 1976 passou a levar 1 tonelada de carga.
  • 13. Os motoristas de lotação em Pernambuco são chamados de kombeiros. O termo é usado até em textos oficiais do Ministério Público local.
  • 14. Kombi e lotação sempre andaram juntas. Em 1958, circulavam 15 delas em Teresina (PI).
  • 15. Em 1960 surgiu a versão de seis portas. A configuração deveu-se à exigência paulistana para homologá-la como táxi, o que incluiu ainda estribos.
  • 16. Ela ganhou apelidos como Pão de Forma e Pão Pullman, por seu formato retangular.
  • 17. O modelo tinha status de veículo familiar, como mostrou a capa da nossa edição no 7, de fevereiro de 1961. O casal da foto eram os atores John Herbert e Eva Wilma, com os filhos Júnior e Vivian.
  • 18. O motor refrigerado a ar se foi, mas ela continua sendo o único Volkswagen com motor traseiro. Aliás, o motor a ar será produzido no Brasil até 2015, visando o mercado de reposição
  • 19. A linha de montagem fica em São Bernardo do Campo (SP) - onde é feita desde a estréia - e é a única que não conta com nenhum robô. O processo é manual, comandado por 95 funcionários.
  • 20. O total de peças de uma Kombi Standard é de 4 620.
  • 21. A Kombi já foi escritório móvel de órgãos públicos, ambulância, consultório dentário, consultório médico, radiopatrulha e até carro funerário.
  • 22. Até os campistas foram contemplados, com a Kombi Turismo, feita de 1960 a 1962. Outras duas couberam à Karmann Ghia, que fez os motorhomes Touring e Safari, este descontinuado em 1995.
  • 23. Até julho deste ano foram produzidas no Brasil 1 385 682 unidades. Só perde para o Fusca, com 3,3 milhões, e para o Gol, com quase 5 milhões.
  • 24. É o 24º modelo mais vendido do mercado (ranking de julho), com 2 103 unidades. Está à frente de Vectra, Palio Weekend, Parati e Astra Hatch.
  • 25. É o único veículo de série do Brasil que já teve todas as configurações de combustível possíveis pela lei: só a gasolina, só a álcool, diesel e flex. Teve até uma opção GNV homologada pela VW.
  • 26. Nos anos 90, os incêndios tornaram-se freqüentes. Culpa da falta de manutenção, mas também ajudava o fato de o filtro de combustível ficar muito próximo ao distribuidor. Com a mudança de geração em 1997, foi possível afastar as duas peças.
  • 27. Nos anos 70 e 80, ela era um dos veículos preferidos para uso em estradas de terra. Valia-se dos 24 centímetros de altura livre do solo e do motor traseiro, que melhorava a tração em subidas.
  • 28. Pensando num uso mais off-road, entre 1970 e 1972, ela ganhou o diferencial travante, acionado por uma alavanca na base do banco - opcional que nunca fez sucesso.
  • 29. Na edição de julho de 1970, QUATRO RODAS fez um comparativo com Toyota Bandeirante e Rural Willys. A Kombi foi eleita a melhor no transporte de carga e na travessia de trechos alagados.
  • 30. Em opções de carroceria, os anos 80 foram o auge: furgão, transporte fechado de passageiros, picape cabine simples e cabine dupla.
  • 31. Hoje ela só é exportada para um país. A Danbury Motorcaravans, empresa de trailers e motorhomes da Inglaterra, compra algumas para convertê- las a campistas, com os nomes Rio e Diamond e a devida mudança de volante para a direita, claro.
  • 32. Já foi produzida aqui Kombi com volante à direita, destinada a países pobres que usam a mão-inglesa, como a Jamaica. Nesse caso, as portas laterais traseiras eram deslocadas para a esquerda.
  • 33. Em 1996, o México desativou sua linha de produção e deixou o Brasil como único fabricante de Kombi no mundo.
  • 34. Até 1975, o vidro da porta era formado por duas peças corrediças e havia um captador de ar no teto. De 1976 em diante, a grade de ventilação passou a ficar entre os piscas e o vidro tornou-se inteiriço e descia por manivela, como é até hoje.
  • 35. A idéia da Kombi veio da Holanda, quando Ben Pon, dono de uma autorizada da VW, teve a idéia ao visitar Wolfsburg e ver veículos de uso interno feitos para carregar peças na fábrica.
  • 36. O paulistano Euclides Pinheiro treinou 12 dias para andar em duas rodas numa Kombi, atração que incluía um equilibrista plantando bananeira.
  • 37. Nomes no mundo: Bulli (Alemanha), Pão-deforma (Portugal), Combi (México), Kleinbus (Finlândia), Bus (Estados Unidos) e Papuga (Polônia).
  • 38. O primeiro teste da Kombi na QUATRO RODAS foi publicado em janeiro de 1963. O modelo Luxo 1962 tinha um motor de 1 192 cm3 de 32 cv a 3 700 rpm e 7,7 mkgf a 2 000 rpm.
  • 39. No teste de estréia, ela cravou 93 km/h de velocidade máxima e acelerou de 0 a 80 km/h em 27,8 segundos. Seu consumo em "situação de rush" era de 7,5 km/l sem carga e 6,8 km/l carregada.
  • 40. De 1957 a 1986, ela ganhou a versão Luxo, com pintura em duas cores (saia-e-blusa), com direito a forro completo no teto. Entre 1997 e 1999, foi a vez da Carat, que tinha bancos de veludo.
  • 41. Segundo a VW, a legislação brasileira não exige que a Kombi passe por crash-test, mas esses testes são feitos para avaliar o comportamento do veículo e pontos de ancoragem de bancos e cintos.
  • 42. Ela já foi exportada para o México com motor AP-1800. Por aqui o motor 1.4 da família EA- 111 levou a melhor pelo menor torque, que permitiu aproveitar a mesma caixa de câmbio de hoje.
  • 43. No Brasil, a Kombi é o único VW a usar o motor EA-111 na versão 1.4 - só o Fox de exportação usa essa mesma cilindrada. O restante dos modelos vendidos aqui usa o 1.0 ou o 1.6.
  • 44. Nos EUA, um V8 foi colocado em uma velha Kombi 1959, em posição central. Na Suíça, uma carroceria da primeira geração, alargada com plataforma da terceira, foi equipada com motor e câmbio Porsche, herdados de um 911 GT3 refrigerado a ar.
  • 45. Kombi é a abreviação do alemão Kombinationfarhzeug ("veículo de uso combinado").
  • 46. Sua montagem manual leva quatro horas. Um Fox, cuja linha de montagem é maciçamente automatizada, demora o dobro do tempo.
  • 47. Um grupo de idosos de Mauá, na Grande São Paulo, fez de uma Kombi 1966 a sede do seu clube. A turma da terceira idade se reúne dentro de veículo para jogar truco, tocar violão ou fazer tricô.
  • 48. É o único modelo nacional que não tem ar e direção hidráulica - nem como opcional.
  • 49. O desembaçador traseiro é único opcional da Kombi Standard. Na versão Furgão, é o banco inteiriço para três pessoas, em lugar dos individuais.
  • 50. Em 50 anos de vida, a Volkswagen nunca colocou o nome Kombi em sua carroceria, com uma única exceção: a série especial Prata (2006), com 200 unidades, comemorativa do fim da produção do motor refrigerado a ar.