5 de jan. de 2008

BRASIL, SOCIEDADE CONHECIDA



Inquilino novo no Predinho Comercial. Naturalmente,
ninguém é obrigado a adivinhar aquelas micropequeninas
coisas da Cultura Pré-Existente em determinados lugares.

Mas nós, os brasileiros, estamos, em quase a totalidade,
pouco se fodendo para isto, estejamos onde estivermos.

Uma vez ouvi de uma senhora na casa de seus bons e
excelentemente bem-vividos 60 anos ( não, ela não é
r
ica, tolinho... ) um relato assombroso, dela em visitas
aos principais Museus Europeus, envergonhada... com
os... brasileiros! SIM! Nossas afamadas ´alegrias de
viver´ e bastante decantada cordialidade, na verdade,
também podem -devem- ser traduzidas por profunda,
sombria, ABISSAL e sintomática falta de consideração
com esse tal de outro, que insiste em nos ´embaçar´.

De embaço em embaço, alertei ao nosso novo vizinho,
senhor perspicaz e interessado, da importância em não
agredir as linhas neoclássicas da arquitetura da fachada
do charmoso edifício de três andares à Rua Paranaguá,
onde convivem, simbioticamente digamos, consultórios
de psicologia, ateliers de arquitetura e construção, uma
representação comercial de impressoras/plotters, clínica
estética, esse tal estúdio de design, uma imobiliária, uma
algodoeira e uma agência de intercâmbio de estudantes.

Aliás, a representaçao Comercial de Impressoras/Plotters...


...retirou um identificador de aço escovado ( que eu mesmo
o desenhei e fui atrás da chapa de aço e de uma empresa
que tivesse uma calandra prá vincá-lo e cortá-lo, investindo
MEU tempo e dinheiro nisso... ) para que "o rapaz" pudesse
recortar o vinil e identificar a sua sala... O objeto nunca mais
retornou aos seus 4 furos na parede de alvenaria arenosa...

Vejam, o tal "rapaz" precisou de retirar o objeto de aço, que
estava aparafusado na parede, no hall comum, deixando os
4 furos aparentes... prá poder grudar meia dúzia de letrinhas
plásticas em durex colorido... ao invés de medir o objeto e...

ENFIM.

Nosso imbroglio paroquial consistia-se de algo fácil de
solver: O master franqueador da grife recém-instalada
queria enviar suas placas de identificação de fachada e,
tendo encenado mesuras recepcionistas primevas, recebi
um lay-out do que viria a ser, não sem solicitar alteração
simples e ordinária, no sentido de ( PQP! ), ´não agredir
as linhas neoclássicas... da arquitetura da fachada... deste
charmoso edifício...´´, etc., no que fui, sim, prontamente
atendido, lá se vão uns 365 dias, se tanto assim, que seja.

Não recebo um puto prá cuidar desta merda. O prédio
não é meu, a sala não é minha ( alugo duas delas... ) a
Paranaguá é onde eu apenas e tão somente trabalho e,
o que acontece, quando eu chego para mais um bom dia?

Eá? (como exclamava, prá minha alegria, dona Marietinha
de Lima Brizolla, minha avó enviuvada de meu Vô Foster
de ascendentes norte-americanos do Texas e da Georgia
pós Guerra da Secessão, tio-avô da Sra. Rita Lee-Jones )

No piscar das luzinhas de 2MIL & VII, na calada do dia,
nova fachada e nova logomarca se apresentam às "linhas
neoclássicas do charmoso edifício", SIM, ocultando essas
mesmas linhas, afinal, oras, prá que serve a arquitetura,
se não nos dispusermos à fodermos com ela como e com
os meios que temos, numa placa vistosa e iluminadíssima,
se possível (nunca se sabe!) enxergável por vôos noturnos?

Existem umas coisas na civilização e que nos impulsiona no
adiante ( exceto pelo fato de os Hiper-Ricos não abrirem
mão dos raros privilégios conquistados à custa de grande
morticínio e a quase irreversível devastação dos Recursos
Naturais, cegos na fé que a Tecnologia e suas grana$, prá
lá de pornográficas e iníquas, solverá tudo o que existir ),
que se trata de justamente, NÃO GANHARMOS UM PUTO
SEQUER, entretanto, melhorarmos o quê, no quê pudermos.



Eu até... iria inquirí-lo sobre o por quê disto, posto que ele
sabia do acôrdo de cavalheiros ( no passado, quando cá
me
instalei, a fachada mais parecia um puteirão de bêbadas
acabadássas, cada negócio cuidando só do seu negócio e de
sua placa, Batalha de Salames entre Eunucos Coprofágicos)
quando me caiu a ficha de como o Brasil Sociedade Anônima
de fato, funciona, 24h/Dia, 7dd/Semana, 30/Mes, 365dd/Ano.

Ele iria iniciar sua amistosísima e cordial DESCULPA assim, ó:

-NÃOSABOQUÉ QUIFÔI? ÓLHEUATÉFALEI PRÁÊLISQUI...

É até bem possível que sejamos mesmo, de fato, os reais
predestinados ao futuro, como Naçao e como Raça em todo
o planeta, dada nossas condiçoes geográficas e naturais.

Mas, isso se dará, vejam bem e entendam isto: No futuro.


Num longínquo, inalcançável, evangélico, promissor, futuro.

Entendeu bem... ou quer que eu desenhe ?
.

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Capriche. Não curto Anônimos, mas costumo perdoar os Covardes. (Às vezes, me sinto covarde, então...)