22 de mar. de 2012

AGE OF IGNORANCE

PAREM AS MÁQUINAS!

Não e todo dia, que autores visionarios e críticos conscientes das realidades que nos cercam, conseguem decifrar o "Zeit Geist", o Espirito do Tempo em que todos nós co-habitamos.


Se duvida que eles não existiam mais, fique com o que Charles Simic do NYR (The New York Review Books), diz sobre A ERA DA IGNORÂNCIA, (só prá constar: a nossa era atual) traduzido para o portugues, com o cenario norte-americano, aterradoramente, perfeitamente aplicável ao Brasil de hoje, confira:



Ignorância generalizada beirando a idiotice é a nossa nova meta nacional. Não adianta fingir o contrário e dizer-nos, como Thomas Friedman fez nos dias atrás, que as pessoas educadas são mais valiosos recursos da nação. Claro, eles são, mas nós ainda os queremos ? Não me parece que sim. O cidadão ideal de um estado politicamente corrupto, como o que temos agora, é um idiota ingênuo incapaz de dizer a verdade da mentira.

Um cidadão educado, uma população bem informada, o tipo que o funcionamento da democracia requer, seria alguém difícil de mentir, e não poderia ser conduzido pelo cabresto, pelos vários interesses adquiridos que funcionam amiúde neste país. A maioria dos nossos políticos, seus conselheiros  e lobistas que se encontram desempregados, fazem-se passar como formadores de opinião. Felizmente para eles, nada tão catastrófico, embora perfeitamente merecida e muito bem-vindo, terem uma chance remota de ocorrer o que propagam, a qualquer momento em breve.  


Para começar, há mais dinheiro á ser ganho entre os ignorantes, do que entre os esclarecidos, uma das poucas indústrias nacionais de crescimento, que ainda temos neste país.  

Uma população verdadeiramente educada seria ruim, tanto para os políticos, quanto para os negócios.

Levou anos de indiferença e estupidez para nos fazermos tão ignorantes como somos hoje. Quem lecionou em universidades ao longo dos últimos quarenta anos, como eu lecionei, posso dizer o quanto os alunos menos conhecem quando saem do ensino médio, a cada ano. Na primeira leva, já foi chocante, mas já não surpreende qualquer professor universitário que as pessoas legais e jovens ansiosos matriculados em suas classes, já não têm capacidade de compreender a maior parte do material que está sendo ensinado.  


Ensinar literatura americana, como já vem sido feito, tornou-se cada vez mais difícil nos últimos anos, uma vez que os alunos leiam pouco antes de passar no vestibular e muitas vezes carecem de informações historicas básicas sobre o período em que o romance ou o poema foi escrito, incluindo o que as idéias e questões importantes destes autories pensaram no momento de produzir suas obras.

Mesmo a história regional, é deixada de lado. Os estudantes que vêm de antigas cidades industriais,  como eu descobri, nunca foi lhes dito sobre as greves famosas em suas comunidades em que os trabalhadores foram fuzilados a sangue frio e os criminosos escaparam ilesos. Não me foi surpresa que as escolas tinham receio de trazer à tona o assunto, mas me surpreendeu que os seus pais e avós, e quem mais eles entraram em contato com eles enquanto estavam crescendo, nunca mencionou estes exemplos de injustiça. Ou dentro de suas próprias famílias nunca se tenha dito palavra sobre o passado, ou seus filhos não estavam prestando atenção quando eles fizeram. Fosse o que fosse, se é confrontado com o problema de como remediar a sua enorme ignorância sobre coisas que eles já deveriam ter sido familiarizado com as gerações de estudantes antes do que eles viriam a ser.


Se esta falta de conhecimento é o resultado dos anos de emburrecimento do currículo do ensino médio e das famílias que não falam com seus filhos sobre o passado, há um outro tipo mais pernicioso da ignorância que enfrentamos hoje. É o produto de anos de polarização política e ideológica e do esforço deliberado pelas partes mais fanáticos e intolerantes em que o conflito para fabricar mais ignorância, deitando-se sobre muitos aspectos da nossa história e até o nosso passado recente.  


Lembro-me de ser atordoado alguns anos atrás quando eu li que a maioria dos norte-americanos disseram aos pesquisadores que Saddam Hussein estava por trás de 11 de setembro ataques terroristas. Pareceu-me como um talento inigualável propaganda pelos piores regimes autoritários do passado de muitos que tiveram de recorrer a campos de trabalho e pelotões de fuzilamento para forçar seu povo a acreditar que alguma inverdade, sem sucesso comparável.

Sem dúvida, a Internet e TV a cabo permitiram vários interesses políticos e corporativos utilizados para espalhar desinformação em uma escala que não era possível antes, mas para obter sucesso, temos que ter uma população mal educada acostumados a nunca verificar as coisas que estão sendo contadas.  


Onde mais na terra seria um presidente que resgatou os grandes bancos da falência com dinheiro dos contribuintes e permitiu o resto de nós a perder US $ 12 trilhões em aposentadoria, investimento, e as poupanças domesticas das familias, pode ser chamado de socialista?


No passado, se alguém não sabia de nada e falou bobagem, ninguém prestou atenção nele. 


Agora, não mais.  

Essas pessoas são cortejadas e lisonjeadas por políticos conservadores e ideólogos como "verdadeiros americanos" á defender seu país contra o governo das grandes e educadas elites liberais. As entrevistas com a imprensa e os relatórios de suas opiniões levadas a sério, sem apontar a imbecilidade de que eles acreditam. Quais vendedores ambulantes, manipulados pelos poderosos interesses financeiros, sabendo que podem ser feitos para acreditar em qualquer coisa, porque, para os ignorantes e os intolerantes, soa melhor do que a verdade, senão, acompanhe:

   
1) Os cristãos são perseguidos no país.
   
2) O governo vai pegar suas armas. (NO BRASIL, PEGOU MESMO!)
   
3) Obama é muçulmano.
   4)
O aquecimento global é uma farsa.
   
5) O presidente está forçando a homossexualidade aberta sobre o militar.
   
6) Escolas empurram uma agenda de esquerda.
   
7) Segurança Social é um direito, não é diferente de bem-estar.
   
8) Obama odeia pessoas brancas.
    9)
A vida na Terra é de 10.000 anos e assim é o Universo.
   
10) A rede de segurança social contribui para a pobreza.
    11)
O governo está tirando dinheiro de você e dando para  mulheres loucas por sexo, para pagar seus controles de natalidade.


Pode-se facilmente listar muitas mais ilusões comuns, ditas e acreditadas pelos norte-americanos. Eles são mantidos em circulação por centenas de pessoas da extrema-direita, facções políticas e grupos religiosos de mídia, cuja função é fabricar uma realidade alternativa para seus muitos telespectadores e seus ouvintes crédulos.

"A estupidez é, por vezes, a maior das forças históricas," Sidney Hook disse uma vez.


Sem dúvidas.
 


O que temos neste país é a rebelião das mentes estagnadas contra o intelecto. É por isso que eles adoram que os políticos se oponham furiosamente contra professores doutrinando crianças contra valores de seus pais e se ressentem os que apresentam capacidade de pensar seriamente e de forma independente. 

 Apesar da sua bravura, estes tolos podem sempre contar em votar contra seus próprios interesses. E que, tanto quanto eu estou preocupado, é exatamente por isso que milhões e milhões estão sendo gastos, para manter meus concidadãos ignorantes.
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15 de mar. de 2012

Londrina/1991, Beiruth/2012


No Anno Domini de 1.991 ( incrivel: lá se vão mais de 2O anos! ), comecei à por em papel A4 algumas conceituações construtivas, graças às provocações de obras geniais da Arquitetura & Urbanismo, das quais tive contato com excelentes títulos, muitos destes, impressos em espanhol e em inglês.



Livros filtrados e decupados pelas mentes privilegiadas dos meus professores e mestres universitários na UEL de então, entre os quais, listaria de pronto:

 Otavio Yassuo Shimba, Marcos Fagundes Baranabé, Nestor Razente, Kleber Ferraz Monteiro, Jorge Marão, José Luiz Faraco, Antonio Carlos Zani, Humberto Yamaki.

E, ajudado que sempre fui pelos funcionários:
 Vanda de Morais, Igor Paulo Merback, Adilson Francelino Alves e Carlos Alberto Duarte, dentre tantos outros interessados no que éramos e para o que alí estávamos .



O primeiro dos "conceitos" que sugeri, fora o aproveitamento integral -ou ao menos parcial- das Coberturas no Topo dos Prédios Urbanos Centrais, uma espécie de 9a. Maravilha do Mundo, afinal, o impacto dos míticos Jardins Suspensos da Babilônia ainda reverbera nas mentes de qualquer ser vivo minimamente lido.


Conta a lenda, que se tratavam de um conjunto edificado de férteis platôs verdejantes, artificialmente cultivados e irrigados, no meio de um clima brutalmente desértico que se deteriorava rapidamente, via esgotamento dos recursos florestais naturais e, convenhamos:

Basta ver qualquer caipira pé-vermelho numa cidade grande e moderna, prá entendermos que não deve ter sido brincadeira, na época de sua concepção pelos arquitetos da Antiguidade, projetar e contruir esse privilegiado Oásis Artificial, especie de Condomínio Fechado, erigido em benefício da (quem mais, ó, tolinhos?) Elite de então.

Não devendo nada, aliás, às atuais "Disneylândias do Petróleo", pipocando nos litorais do Golfo Pérsico.


1O anos depois, os diversos rascunhos ganharam uma face bem mais  reconhecivel, ao inserir a conceituação na malha urbana do Centro de Londrina e, para minha surpresa, assim que orqanizei uma Mostra Individual no Espaço CEDDO em 2004 ( por ocasião dos 7O anos do aniversário da cidade ), a cidade APARENTEMENTE despertou.

Em seus aniversários até 2004, Londrina era muito "engraçada: 

Era um tal de correrem atrás de imagens de seu glorioso passado, e ficávamos como que abrindo caixas de sapatos cheias de fotos antigas, acompanhadas de expressões como "-NOSSA, COMO AQUILO ERA LINDO", "-PUXA, OLHA COMO ISSO ERA LEGAL" e  "- NÃO ACREDITO QUE DESTRUÍRAM ISTO!", no melhor estilo lamuriante cantado pela dupla Nostalgia & Melancolia.



Quando a minha exposição abriu,  foi a segunda vez na nossa história, que conseguimos olhar adiante,
para quando fizermos os 100 anos de vida, em 2034. A inspiração da data quebrada, veio de uma urna lacrada, denominada de "Cápsula do Tempo", semi-exposta em nosso Museu Histórico da UEL, um caixote de ferro com documentos variados em seu interior, à ser aberto, como o próprio nome diz, quando soprarmos as velinhas de nosso primeiro século.

  Um ano depois do impacto percebido, Luiz Penteado Figueira de Mello, brilhante gestor do IPPUL ( que saiu por excesso de qualificações ), me procurou e patrocinou, via ACIL, um conjunto de painéis maiores.



Nada assombroso, como convém aos patrocinios culturais de uma cidade ainda em formação cultural:

Impressãozinha espartana, mas crucial, mera dúzia de banners de vinil no formato A², com aqueles cabos-de-vassoura à guisa de estirantes, o suficiente para iniciar uma Exposição Itinerante, cujo último dia para visitação, já está automaticamene agendado para o próximo Reveillon do ano de... 2033!


Já obtivemos até o momento  mais de 1O.OOO visitantes,  em mais de seis espaços distintos e platéias diversificadas, até mesmo naquelas paredes mal iluminadas sem uso, inúteis, de dezenas de estabelecimentos pés-vermelhos,  os quais sempre tem alguem "sensivel" pra chamar de "Espaço Cultural", normalmente, batizando com o nome da mãe, numa plaquinha dsicretamenrte exibida em um canto...

Sem contar os milhares de  visitantes no blog homônimo, e re-publicações por terceiros em variados portais, com surpresa para a leitura de alguns dos comments (os quais me deixam em sinceras dúvidas, se não seriam estes melhor que o próprio post...), confira por lá, clicando nesse link abaixo:


Eis que, neste ano de 2012, um grupo de arquitetos libaneses do Studio Invisible conceberam um projeto, intitulado Beirut’s Wonder Forest, o qual pretende "solucionar o problema da falta de áreas verdes" em Beirute.

BEI-RU-TE, entenderam?
 

Aquela sistematicamente destroçada capital do Líbano, que em muitos aspectos me lembra a Operação Barbarossa em Leningrado, após a antipática visita em grupo dos Turistas Nazistas, onde só na primeira leva, uns 250.000 soldados da Werhmacht reembarcaram de volta à pátria, direto prôs "Campos do Walhalla" germãnico, se é que não ficaram conservados em neve.

Segue o texto descritivo da proposta libanesa:

"A ideia é transformar os topos dos prédios em jardins, com árvores que se adaptam facilmente ao clima. Elas ficariam presas por fios de aço para evitar acidentes em situações de chuva e ventos fortes.
Segundo os arquitetos, o projeto apresenta uma série de benefícios para a cidade: o ar ficaria mais puro, o ambiente mais saudável, as árvores proveriam sombras e amenizariam o clima quente e seco.

Além disso, os “telhados” dos edifícios seriam transformados em espaço de convivência para seus moradores – o que aumenta a qualidade de vida da população – e os jardins poderiam ser o pontapé para a agricultura urbana, com a criação de pequenas hortas por toda a cidade
".



Claro que, na minha proposta de mais 20 anos atrás (matriz da idéia dos meus colegas libaneses, só prá constar...), o mundo como um todo -e no particular- não vai ficar tão cor-de-rosa, sob céus-de-brigadeiro.

Na verdade, emprobeceremos VIOLENTA E RAPIDAMENTE.

Como tem acontecido desde o Pós-Guerra, agora, com politicos nas mãos de grandes corporações, essas novas velhas formas de Papados & Reinados, uma espécie de Alta Idade Média, sem os adventos dos "Primas Noctes", as quais, pelo que tenho atualizado, evoluíram para algo mais proximo de uma "Omni Bus Todas as Noctes", via impostos escorchantes, tomados bem na tua cara, com devoilutivas raras e minguadas, se considerarmos sermos no hoje a 6a. economia do Planeta Terra.
 

E o nosso mundinho, cada vez mais encolhido e ocupado, dos Pólos à Estratosfera, não ficará cor-de-rosa, em especial, no ano da Londrina em 2034, que foi para onde empurrei as expectativas de cenários, como alguns já perceberam, bastante próximos do inconcebível, dada as atuais mentalidades inoperantes e reinantes, vide a nossa adorável cidade, vítimada pelos seus grotescos cotidianos.
Estas minhas provocações, inspiraram até mesmo as entidades organizadas locais, com "suas" (minhas) visões de futuro intituladas EXATAMENTE com o mesmo título que criei em 2004, mas é claro, sem os devidos créditos, como sói acontecer por estas prósperas e interessantíssimas plagas, além de, "omo que por encanto", arrefecermos os comportamentos nostalgicos e melancólicos, obrigando-nos a repensar, de fato, o futuro ou o que vamos "obter" dele.

Voltando ao tema, o recrudescimento da ocupação das áreas centrais, tornando-se sucessivamente privadas via concessão ( e que ninguém aqui se perca no sobretítulo "pública", vide praças londrinenses, cada vez mais invadidas, até por estacionamentos, desde o fatídico ano de 1995), principalmente, devido à um único "detalhezinho crucial" para a implantação de minha concepção:


Cada unidade conservativa nas coberturas, custaria astronômicos R$2OO,OOO,OO por prédio e, tendo eu morado e me demorado em condominios residenciais, mesmo da Alta Classe Média, não é, garanto-lhes, dinheiro pequeno.

E, até onde sei (e ví e ouví e participei), a grande maioria, malemá separa o seu próprio lixo diário, doméstico, nos conformes e, sem quaisquer trocadilhos, essa maioria gigantesca está pouco "se lixando", para uma tal de Qualidade de Vida.

Muito menos, para o aspecto humano dos Ambientes Urbanos, que depende de nossas existencias, desde que, pelo menos, sua trinca de  "qualidade de vida" esteja plenamente assegurada:


1.) TV funcionando;

2.) Tooodos os dias;
3.) Sem interrupções
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Se voce duvida, olhe, se não atentamente, superficialmente, aí à sua volta e, depois, me fale.


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