14 de abr. de 2010

KOMBINATIONWAGEN: 60 ANOS!


Neste 2010, a Kombi, nascida "KOMBINATIONWAGEN" (algo como "carro combinado" em, é lógico, inglês, traduzido do alemão) faz 60 anos e a Volkswagen do Brasil Ltda. preparou um concurso, chamado, é lógico, de "KOMBI, 60 ANOS DE BRASIL".

Adorei a oportunidade em poder contar uma história verídica, que passei dentro de uma Kombi, passeando à beira mar, numa tardinha gelada de Outono.

Á bordo, a menina, a vizinha da casa de praia, que me convidou para este passeio e, lá na frente da Kombi, dentro daquele verdadeiro salão-de-visitas com rodas, os pais da menina, vizinha da casa de praia que me convidou para estar com ela, passeando à beira mar, numa tardinha gelada de Outono.

Com essa minha história, vou ganhar uma Kombi 0km ano 2010, na cor branco sólido, com acessórios, no valor de R$5O.OOO,OO!

Acharei M-U-I-T-O divertídissimo recebê-la bem lá na frente da garagem de minha casa, ainda em obras, mas... mesmo achando o veículo muito peculiar...

...creio que a passarei nos cobres, pois preciso me mudar logo, justamente, para essa casa ainda em obras, onde a VW vai me entregar essa Kombosa... ;)

O resultado da "minha premiação" (Hehehehe... Torcer, é de grátis!) sairá no próximo dia 20/MAIO. Estou na expectativa, miúdinha, mas estou sim!

(Será que consigo trocá-la em um VW NewBeetle Verde Claro? Eu é que não fico bem numa Kombinationwagen, apesar de ter ouvido de uma mulher, a tempos, que eu "fico bem em qualquer carro"... Inclusive Camburões, Ambulâncias e Rabecões, Dona Moça?)

Mas, como minha narrativa foi meio que, digamos, juvenil, quem hoje em dia, ligaria prá amores e prás dores, de um menino contando seus 10 ou 11 anos, em um tema de concurso desse calibre?

Pelo menos, me diverti muito me lembrando da história da menina filha de um casal de portugueses, donos de padaria e que moravam em São Bernardo do Campo, a cidade colada à SP e que eu só sabia de sua existencia, por causa da própria Volkswagen "do Brasil".

CURIOSIDADES DA VW KOMBI:

  • 1. Em 2 de setembro de 1957, a Kombi era lançada no Brasil. Antes dela, só eram fabricados no país DKW Vemaguet, Ford F-100 e Jeep Willys.
  • 2. Já era vendida no Brasil em 1950 pela Brasmotor, apenas montada no Brasil. Moderníssima, havia estreado na Alemanha em 8 de março de 1949.
  • 3. Em 1957, seu índice de nacionalização era de 50%, quando a lei exigia 40% para ser um veículo brasileiro. Em 1961, o índice era 95%.
  • 4. É o único modelo nacional que ainda possui quebra- vento, maçanetas de gatilho, pára-choque de metal e câmbio manual de quatro marchas.
  • 5. Último nacional com carburador, ganhou injeção eletrônica em 1997 devido à legislação ambiental. Foi o último veículo do mundo a sair de linha com motor a ar, em 23 de dezembro de 2006.
  • 6. Refrigeração a água não é coisa nova na Kombi, que ganhou a tecnologia na versão a diesel, produzida entre 1981 e 1985.
  • 7. A versão se tornou um fracasso devido principalmente a problemas de refrigeração. Alguns donos descobriram que, usando mais etilenoglicol no líquido de arrefecimento, ela não dava problemas.
  • 8. No mundo, ela teve cinco gerações. O Brasil fabrica a segunda, aposentada na Alemanha em 1979.
  • 9. Em 1976, ganhou nova dianteira na carroceria antiga. O restante só mudou em 1997.
  • 10. No projeto, passageiros e carga ficam ou sobre ou entre os eixos. Esse conceito só mudou em 1989 com a quarta geração, com motor dianteiro.
  • 11. Nos anos 60, uma propaganda brasileira dizia que ela podia levar até 12 pessoas - três a mais que a capacidade homologada. Oficialmente, 12 pessoas só puderam se sentar na versão Lotação de 1999, com quatro fileiras de bancos.
  • 12. A primeira Kombi nacional podia carregar 810 quilos. Com as melhorias de motor, desde 1976 passou a levar 1 tonelada de carga.
  • 13. Os motoristas de lotação em Pernambuco são chamados de kombeiros. O termo é usado até em textos oficiais do Ministério Público local.
  • 14. Kombi e lotação sempre andaram juntas. Em 1958, circulavam 15 delas em Teresina (PI).
  • 15. Em 1960 surgiu a versão de seis portas. A configuração deveu-se à exigência paulistana para homologá-la como táxi, o que incluiu ainda estribos.
  • 16. Ela ganhou apelidos como Pão de Forma e Pão Pullman, por seu formato retangular.
  • 17. O modelo tinha status de veículo familiar, como mostrou a capa da nossa edição no 7, de fevereiro de 1961. O casal da foto eram os atores John Herbert e Eva Wilma, com os filhos Júnior e Vivian.
  • 18. O motor refrigerado a ar se foi, mas ela continua sendo o único Volkswagen com motor traseiro. Aliás, o motor a ar será produzido no Brasil até 2015, visando o mercado de reposição
  • 19. A linha de montagem fica em São Bernardo do Campo (SP) - onde é feita desde a estréia - e é a única que não conta com nenhum robô. O processo é manual, comandado por 95 funcionários.
  • 20. O total de peças de uma Kombi Standard é de 4 620.
  • 21. A Kombi já foi escritório móvel de órgãos públicos, ambulância, consultório dentário, consultório médico, radiopatrulha e até carro funerário.
  • 22. Até os campistas foram contemplados, com a Kombi Turismo, feita de 1960 a 1962. Outras duas couberam à Karmann Ghia, que fez os motorhomes Touring e Safari, este descontinuado em 1995.
  • 23. Até julho deste ano foram produzidas no Brasil 1 385 682 unidades. Só perde para o Fusca, com 3,3 milhões, e para o Gol, com quase 5 milhões.
  • 24. É o 24º modelo mais vendido do mercado (ranking de julho), com 2 103 unidades. Está à frente de Vectra, Palio Weekend, Parati e Astra Hatch.
  • 25. É o único veículo de série do Brasil que já teve todas as configurações de combustível possíveis pela lei: só a gasolina, só a álcool, diesel e flex. Teve até uma opção GNV homologada pela VW.
  • 26. Nos anos 90, os incêndios tornaram-se freqüentes. Culpa da falta de manutenção, mas também ajudava o fato de o filtro de combustível ficar muito próximo ao distribuidor. Com a mudança de geração em 1997, foi possível afastar as duas peças.
  • 27. Nos anos 70 e 80, ela era um dos veículos preferidos para uso em estradas de terra. Valia-se dos 24 centímetros de altura livre do solo e do motor traseiro, que melhorava a tração em subidas.
  • 28. Pensando num uso mais off-road, entre 1970 e 1972, ela ganhou o diferencial travante, acionado por uma alavanca na base do banco - opcional que nunca fez sucesso.
  • 29. Na edição de julho de 1970, QUATRO RODAS fez um comparativo com Toyota Bandeirante e Rural Willys. A Kombi foi eleita a melhor no transporte de carga e na travessia de trechos alagados.
  • 30. Em opções de carroceria, os anos 80 foram o auge: furgão, transporte fechado de passageiros, picape cabine simples e cabine dupla.
  • 31. Hoje ela só é exportada para um país. A Danbury Motorcaravans, empresa de trailers e motorhomes da Inglaterra, compra algumas para convertê- las a campistas, com os nomes Rio e Diamond e a devida mudança de volante para a direita, claro.
  • 32. Já foi produzida aqui Kombi com volante à direita, destinada a países pobres que usam a mão-inglesa, como a Jamaica. Nesse caso, as portas laterais traseiras eram deslocadas para a esquerda.
  • 33. Em 1996, o México desativou sua linha de produção e deixou o Brasil como único fabricante de Kombi no mundo.
  • 34. Até 1975, o vidro da porta era formado por duas peças corrediças e havia um captador de ar no teto. De 1976 em diante, a grade de ventilação passou a ficar entre os piscas e o vidro tornou-se inteiriço e descia por manivela, como é até hoje.
  • 35. A idéia da Kombi veio da Holanda, quando Ben Pon, dono de uma autorizada da VW, teve a idéia ao visitar Wolfsburg e ver veículos de uso interno feitos para carregar peças na fábrica.
  • 36. O paulistano Euclides Pinheiro treinou 12 dias para andar em duas rodas numa Kombi, atração que incluía um equilibrista plantando bananeira.
  • 37. Nomes no mundo: Bulli (Alemanha), Pão-deforma (Portugal), Combi (México), Kleinbus (Finlândia), Bus (Estados Unidos) e Papuga (Polônia).
  • 38. O primeiro teste da Kombi na QUATRO RODAS foi publicado em janeiro de 1963. O modelo Luxo 1962 tinha um motor de 1 192 cm3 de 32 cv a 3 700 rpm e 7,7 mkgf a 2 000 rpm.
  • 39. No teste de estréia, ela cravou 93 km/h de velocidade máxima e acelerou de 0 a 80 km/h em 27,8 segundos. Seu consumo em "situação de rush" era de 7,5 km/l sem carga e 6,8 km/l carregada.
  • 40. De 1957 a 1986, ela ganhou a versão Luxo, com pintura em duas cores (saia-e-blusa), com direito a forro completo no teto. Entre 1997 e 1999, foi a vez da Carat, que tinha bancos de veludo.
  • 41. Segundo a VW, a legislação brasileira não exige que a Kombi passe por crash-test, mas esses testes são feitos para avaliar o comportamento do veículo e pontos de ancoragem de bancos e cintos.
  • 42. Ela já foi exportada para o México com motor AP-1800. Por aqui o motor 1.4 da família EA- 111 levou a melhor pelo menor torque, que permitiu aproveitar a mesma caixa de câmbio de hoje.
  • 43. No Brasil, a Kombi é o único VW a usar o motor EA-111 na versão 1.4 - só o Fox de exportação usa essa mesma cilindrada. O restante dos modelos vendidos aqui usa o 1.0 ou o 1.6.
  • 44. Nos EUA, um V8 foi colocado em uma velha Kombi 1959, em posição central. Na Suíça, uma carroceria da primeira geração, alargada com plataforma da terceira, foi equipada com motor e câmbio Porsche, herdados de um 911 GT3 refrigerado a ar.
  • 45. Kombi é a abreviação do alemão Kombinationfarhzeug ("veículo de uso combinado").
  • 46. Sua montagem manual leva quatro horas. Um Fox, cuja linha de montagem é maciçamente automatizada, demora o dobro do tempo.
  • 47. Um grupo de idosos de Mauá, na Grande São Paulo, fez de uma Kombi 1966 a sede do seu clube. A turma da terceira idade se reúne dentro de veículo para jogar truco, tocar violão ou fazer tricô.
  • 48. É o único modelo nacional que não tem ar e direção hidráulica - nem como opcional.
  • 49. O desembaçador traseiro é único opcional da Kombi Standard. Na versão Furgão, é o banco inteiriço para três pessoas, em lugar dos individuais.
  • 50. Em 50 anos de vida, a Volkswagen nunca colocou o nome Kombi em sua carroceria, com uma única exceção: a série especial Prata (2006), com 200 unidades, comemorativa do fim da produção do motor refrigerado a ar.

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Capriche. Não curto Anônimos, mas costumo perdoar os Covardes. (Às vezes, me sinto covarde, então...)