15 de mar. de 2007

: : FELINOS: POR QUÊ ODIÁ-LOS?


Tal como um parente, vizinho não se escolhe, ganha-se e, em meu caso, provei a giga- infelicidade de ´´ganhar´´ um funcionário das Igrejas Católicas Apostólicas & Romanas S/A, lotado na função de Padre, como um dos maiores filhos-da-puta institucionais do qual tive uma grande desonra em cruzar e uma pequena sorte no interagir, nessa vida sempre tão boa.

O desgraçado armava uma arapuca (tenho cá os slides) com Carne-Seca no telhado e, após aprisionar os gatos, de todo indefesos, destroçava-os uma-a-um, à golpes de marteladas dentro de um saco de aniagem, isto em pleno Anno Domini de 2.000 em diante, sim, de fato, vi-me em pleno auge da Idade das Trevas e não num promissor (Hmmmm...) Portal do Século XXI.

Só pude saber disto, pois um desses meus felinos (o 5°, em 7 anos), reposto como um reles botijão de gás após o ´alongamento´ dos outros quatro, conseguiu fugir das garras do insano, jazendo encravado e assutadoramente mudo num telhado insabido da vizinhança por sete longos dias e aflitantes seis noites.

Ritalí a que mais durou: 3 anos. Do Tonto, tive que estirpar-lhe órgãos internos devastados por veneno, mijava por um furinho, poupei-lhe do sofrimento com eutanásia. Rabo Torto se foi, bem como Gatinha. O único escapante ?
Tar Zan.

Tentava atraí-lo para o chão, mas o animal estava tão arisco, não o entendia, até conseguir com que viesse ao menos se alimentar, quando então pude observá-lo melhor e entender seus por quês. Há uma semana atrás, fui acordado por uivos lancinantes de um tipo de, digamos assim, assinatura vocal que me dizia respeito, após 10 ou 12 estranhos golpes secos, depois disto, silêncio de horror.

( Batizei-o Tar Zan, resgatado de uma enorme Sibipiruna defronte uma pizzaria lá na Av. Maringá e, claro, só podia nominá-lo com algo divertido, o garçom que o colheu dos altos galhos disse-me que haviam mais de 3 dias que o estropício de pele e osso com faiscantes olhos verdes esbugalhados miava, desamparado. )

Sua cabeça era uma confusão de sangue e pêlos, seus dentes da frente estavam quebrados ao meio e seu corpo estava deformado em várias... ´partes´, não andava e mal respirava num assobío, por entre uns nacos de carne negra e sangue pisado e sujeira, onde antes exibía bem cinzelado um belíssimo focinho cor de rosa.

Não o reconheci: Sua simetría desaperecera e ele só me olhava vesgo num olho só, pois o outro era só um glóbulo inchado, como num rascunho muito grotesco, com sua real nobreza reduzida à de um pedinte miserável, acomodei-o como pude em cima de uma almofada, tratos de um socorrista dedicado, delicadeza da qual nem desconfiava ter, alí permanecendo por quase 3 dias, ´sem dar um pío´, aparentemente sorrindo bem miudinho, quando eu surgia.

Recuperou-se lentamente, mas em jejum de água e ração, mas, ainda ingênuo sobre o vizinho do mau, desapareceu prá sempre, até que uma outra filhotinha recente, órfâ de uma das minhas ´reposições´ viu-se na temível jaula do tal desgraçado, consegui telefonar prá Polícia, que então indicou-me a Força Verde, e esta, num demorado e aflito jôgo de empurra, nossos bravos militares do Corpo de Bombeiros.

Baixaram na rua com um reluzente caminhão MONSTRO, caramba, queria ser bombeiro, como todos nós queríamos, o agora covarde desgraçado se refugiou escondido em sua própria casa, fingindo-a com ninguém, assim, os Soldados do Fogo armaram suas escadas, subiram nas coberturas, abriram a arapuca e libertan-
do um animal ridículo, duns 15 cm de idade, graças ao Capitão (anjo?) Albergone.

Esta gata sobreviveu mas... não dá a mínima confiança aos humanos, eu incluso, só se aproxima quando voce dorme, esperta ela, decidi nem dar-lhe um nome, a pagã colorida, mas, eu também já não gostei de Gatos, até cair a ficha e perceber que apenas repetia a ladainha, como um Pai-Nosso Randômico: ´´São traiçoeriros, são vís, são interesseiros, são alergênicos, são ´´do mal´´, etc, etc´´,
MENTIRAS.

NÓS SIMPLESMENTE ODIAMOS OS GATOS,
Por causa de sua liberdade extremamente absurda,
Por causa de não podermos nem dar-lhes um nome,
Por causa de eles não nos atenderem à um chamado,
Por causa de seu orgulho distante e de suas decisões,
Por causa de suas saídas, sem o m-e-n-o-r aviso prévio,
Por causa dos alimentos, que eles mesmos os caçam e
Por causa de uma ampla e intolerável... A U T O N O M Í A.

É simples assim, mas o que causa uma REAL fobía à escumalha no geral ou aos recalcados no particular... é que os felinos conseguem em quase tudo ser bastante similar á nós, humanos e, com essas similaridades, próximas do absurdo e da verdade... são poucos os que as toleram-nas e, em dúvidas quanto à isto, consulte da Literatura à Walt Disney, do seu tío ao Padre Ildo, atendendo na rica paróquia à Av. Me. Leônia Milito, onde ele prega.

Sem o ´malleus malleficarium´ às garras ( o Martelo do Mau, que Torquemada implicava, mas que ironía mais medieval !) muquifado sob o Púlpito ou escondidinho na Sacristía, sem saber a escumalha.

Este Nosso Padre ( deles... ) poderás encontrá-lo, vivinho e, digamos assim, trabalhando, pela glória do Deus dele aqui na Terra, embarcando à bela Itália uma vez ao ano por conta daquela multinacional com sede no Vaticano e daquelas suas onipresentes e oni-horrendas filiais, as eclésias ( iglesia, igreja ) que a sustenta, tendo seu jardim pa-vo-ro-so sendo sempre mal cuidado por
beatos servís de extremo e recorrentemente típico mau gosto.

Sem pagar pelo seu aluguel barato, sem pagar pela sua comida, suas roupas, sem pagar pelo VW Gol 0Km, sem pagar seus impostos, sem pagar pelo seu jardim sempre feio, sem pagar pelos seus muitos e vários e horrendos pecados, sem pagar pela sua miserável falta de vergonha na cara.

Oculto na hipocrisía de sua existência tão mesquinha, e, o mais BIZARRO: Admirado por um bando de imbecís enganáveis! Já, os meus ex-animais, dos quais aprendi a estimá-los, devem estar num Aterro Sanitário, também, quem mandou serem esses bichos, assim, tão... estúpidos ?

CS-C
: : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : :

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Capriche. Não curto Anônimos, mas costumo perdoar os Covardes. (Às vezes, me sinto covarde, então...)